terça-feira, 6 de março de 2007

Achados perdidos

O mp3 é realmente uma coisa fantástica. Dá para ter a discografia completa do Creedence Clearwater Revival ou o primeiro álbum do Roberto Carlos com alguns cliques, e de graça. E, se antigamente havia algum sentimento de culpa pela sensação de estar saqueando o bolso de meus ídolos, o crescente preço dos CDs faz eu me sentir cada vez mais justiceiro quando abro o meu Shareazaa. É corrigir a injustiça social.

Mas tem algo de delicioso em revirar as gôndolas de R$ 9,90 da Neto Discos ou das Lojas Americanas e encontrar a trilha sonora de LavourArcaica, ou os primeiros discos da Nara Leão e do Tim Maia. Ainda é mais caro do que de graça, mas tem aquela emoção do achado físico que não dá pra transferir. É a arqueologia artística.

Talvez seja só assim, mesmo, algumas pessoas carregam o gene do antiquário no sangue. E eu achava que estava abraçando a nova era quando me desfiz da minha coleção de discos... mal sabia.

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