segunda-feira, 19 de março de 2007

Alhos to Bugalhos

"Suddenly the walls of the room are gone and the bed is on the beach. Clementine glances up.

CLEMENTINE - Look. Look where we are!
"
Na sexta-feira assisti pela décima vez Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças. Um dos meus favoritos, mas que, assim como O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, caiu no gosto do povo. Isso não invalida o quão bacana os dois filmes são, mas faz parecer um pouco banal indicá-los, afinal, você já deve ter visto e adorado também. Pois bem. A dica então é dar uma olhadela no roteiro original (em inglês) de Brilho Eterno e de outras centenas de filmes no site do Cinema em Cena (que você, cinéfilo amigo, já deve conhecer e adorar também).

A Malvada, Cidadão Kane, A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971), passando pelo confuso Amnésia e até obras de Woody Allen, tem tudo lá. Não me pergunte como eles conseguiram reunir todos esses roteiros, só sei que fiquei encantada. Devorei o Brilho Eterno e agora pretendo ler o do O Labirinto do Fauno. Uma boa dica para aprofundar ainda mais o interesse no seu filme preferido.

Desde que aprendi a escrever os roteiros das cenas que fazemos no teatro, nunca mais deixei de fazê-los. Funciona muito bem como uma marcação mental, ainda mais quando você escreve e atua.

Fico pensando também em como as idéias surgem do nada, se materializam no papel e só depois viram realidade. E me espanto em como algumas delas já surgem cinematográficas. Às vezes, quando estamos fazendo cenas no teatro, de repente surge uma idéia que apesar de ser ótima, concluímos que só ficaria adequadamente exposta no cinema, com sua infinidade de cortes de edição e recursos. Leio também muitos roteiros de novela e é incrível como as cenas, talvez pela repetição e falta de originalidade, são facilmente visualizadas.

Enfim, é uma maravilha como um roteiro bem escrito te permite distinguir se uma história é um filme, uma peça, uma novela ou mesmo um clipe. Por isso, que digo e repito: É preciso seguir o instinto do roteiro para não criar obras deconexas. E tenho dito!

2 comentários:

Valmir Jr. disse...

Nossa, imagino como deve ser difícil ler roteiros do Charlie Kaufman ou como deve ser difícil escrevê-los... Roteiros de cinema. Teatro já é fácil, vai... hehehehe...

Anônimo disse...

Gosto da trilha sonora :)