quarta-feira, 4 de julho de 2007

Nossa temporada de Amores

O mês de Julho entrou e a gente nem notou. De repente, no borderô do final da apresentação de domingo lê-se "Dia: 1 de Julho" e descobre que agora só faltam quatro finais de semana.

Invadir São Paulo é tarefa difícil mais absurdamente prazerosa. Cada sábado, cada domingo. Cada arrumação de mala, cada vez que liga-se o ferro de passar roupas pra encontrar o figurino de cada personagem e aprontá-lo para mais um dia. A gente se acustuma e tudo vai ficando mais fácil. Os horários, a correria, o público simpático, as danças saudosas.

Surpresa a cada domingo, motivação a cada sábado. Cada arranhão no joelho, torção no pulso, espinho no dedo que deixa a marca pro resto da semana lembrando que ter vida de ator é assim, algumas decisões em cena não são decisões nossas at all. Elas saem, assim como as apresentações ás vezes não são nossas, elas vão, mais fortes do que o nosso desejo de modífica-las no meio do caminho. Mas é o ver "mover" que nos transporta com adrenalina até o próximo final de semana.

E de repente não se espera nada do público, porque não é necessário esperar. Trabalho de estar em cartaz é receptivo-ativo, e não há pressão que nos impeça de ver como a relação ator-público, espetáculo-platéia aconteceu naquele dia. E a gente sai de lá três quilos mais leve pelo trabalho realizado e três quilos mais pesado pela vontade de se comprometer a sempre voltar.

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