quarta-feira, 14 de março de 2007

O Labirinto do Fauno

Eu só assisti no último final de semana. Eu sei que já era pra ter visto desde o ano passado quando estreiou. Mas dinheiro é coisa complicada. Posso dizer que a expectativa era muito grande. Não só pelos prêmios no Oscar (Melhor Direção de Arte, Melhor Maquiagem e Fotografia) ou pelas indicações de amigos. Existia expectativa mesmo.

O filme me tocou, realmente. De verdade, eu quase me derramei em lágrimas. E no final também, um pouco. Não há quem resista a combinação da imagem, da doçura de Ofelia (Ivana Baquero) e da trilha sonora (feita por Javier Navarrete) doce e misteriosa.

Agora, que a verdade seja dita. Várias coisas estavam no filme à toa. E isso não me agrada. Por exemplo, no episódio em que Ofélia recebe uma ampulheta do fauno e é alertada que, após entrar pela pequena porta que desenhou em seu quarto, teria que sair necessariamente quando o tempo da ampulheta acabasse. O tempo acabou, ela desenhou outra porta e pronto. E aliás, na mesma cena, porque raios ela come as uvas? Ah, me perdi nisto daí.

Acho que a espectativa era porque eu e os outros três que foram comigo esperávamos um filme muito mais sobre o bendito LABIRINTO do que sobre o malvado capitão, a briga pelo território e etc. Não que seja ruim, mas foi como quando lançaram A Vila (M. Night Shyamalan) e a propaganda foi de um filme de terror, quando no muito este oferecia suspense e um tapinha na cara.

Indico, afinal, por tudo o que eu disse lá em cima. Mas cuidado com o que espera da fantasia que o filme oferece.

+
Trailer do filme (em inglês)

2 comentários:

Anônimo disse...

ahh discordo muito. Porque é o contrário. O filme é sobre a guerra, e no caso, é a fantasia que funciona como fábula para ela. Porque a guerra é cruel, é dura e uma menina pobre no meio de tudo isso só tinha como recorrer ao sonho. E é isso que ela faz: sonha. Sonha muito, porque toda menina quer ser princesa de algum paraíso perdido. É o enxergar além do que se vê na tela. Quem disse que existia um labirinto e um fauno? Quem disse que a guerra é justa? Quem disse que ela estava sonhando?

Valmir Junior disse...

Gostei muito do filme. E eu não esperava um labirinto. Esse é um problema da platéia em geral: ela espera coisas demais do filme porque ele tem que se encaixar num rótulo. Se se chama "A Vila" e é do Shyamalan, tem que ser de terror? Se é "O Labirinto do Fauno", tem que ser um filme de labirinto, de aventura, ou sei lá? Eu acho que não...