sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Teu passado não nega...

Quero falar sobre O Passado. Não, não o meu, nem o seu, mas o de Gael. E nem tão bem sobre o filme novo do mexicano, porque afinal, era meu dia de fechamento aqui na revista e não vi. Uma pena. Mas na coletiva que aconteceu há exata uma semana, eu compareci e pude constatar que Gael García Bernal é REALMENTE o mais novo Sweetheart. Da minha professora de espanhol até a minha tia, passando pelo meu editor que me liberou para a pauta, todos amam o latino.


Como todo bom mexicano que se preze, Gael começou nas novelas. Fez o descolado Daniel, em Vovô e eu (1992) e participou também de Teresa (1989), novela onde também começou Salma Hayek. Apesar de conhecido como estrela-mirim, não estacionou seu burrinho na tv. Foi estudar na Central School of Speech and Drama, em Londres e estrelou os inúmeros filmes que você já sabe quais são. Meu preferido é Amores Brutos (2000), de González Iñarritu, com quem trabalhou também em Babel (2006), que apesar de ter sido dirigido por um mexicano, é o mais Hollywood que Gael participou (excluindo-se aí The King e outras pontas).
Aliás, o "chico" faz questão de ressaltar que quer cravar os pés na América Latina. "Não escolhos os filmes pelo passaporte. O mais perto de Hollywood que já cheguei foi em Tijuana, que deve ser a umas três horas de lá", disse ele, brincando com seu personagem em Babel, que atravessa a fronteira do México com os EUA.

Quando entrou na coletiva, todos silenciaram. Tava na cara que jornalistas e curiosos, todos estavam lá para ver o mexicano. Confesso, eu também. E ninguém se decepcionou, apesar do clima estranho, das poucas perguntas.

E quem queria falar? Todos só queriam olhar. E ele, que divaga muito nas respostas, falava como quem acabou de acordar. "Eu mergulho fundo. Como se caísse num rio longo e me deixasse levar", pensou em voz alta ele, que ainda confessou ter aceito o papel de Rimini pela chance de ser pai na telinha, coisa que nunca tinha feito.

Gael é o tipo de unanimidade que faz você perder o rumo e acabar escrevendo um texto inteiro sobre ele, sem nem perceber. Por isso mesmo, vou parar por aqui enquanto ainda dá tempo de manter a integridade deste post. Assim que assistir o filme, volto para contar e ainda escrever sobre Hector Babenco, o diretor de O Passado, e suas frases de efeito.

P.S: Gosto muito da historinha que Fernando Meirelles conta no blog do filme Blindness, sobre como Gael compôs o vilão de unhas pintadas que faz no filme.

2 comentários:

Anônimo disse...

me gusta la esfregasion!

Valmir Junior disse...

O filme é bem mais ou menos, Tsuji!