sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O fim do universo é uma biboca

Fechei o livro e apesar de estar com cãibras internas de tanto rir, um grande pesar se instalou nos meus ombros. A humanidade é mesmo um saco. Douglas Adams me convenceu. Não... na verdade, os pais que matam filhos, os caçadores de baleia, os políticos corruptos e as modelos-atrizes sem talento me convenceram.

Depois de ler O Restaurante no Fim do Universo tive raiva dos analistas de marketing, dos decoradores e dos cabelereiros, todos com seus linguajares "entendidos" e chatos. Para quê precisamos de palavras como "benchmarking" e "balaiagem". Argh...somos seres incrivelmente burocráticos e prolixos. Sei, parece papo de gente eco-chata e deus me livre virar hippie, mas realmente os humanos são um porre.

Ah, quer mudar de planeta? Não adianta. O universo inteiro é cheio de cretinos. Pelo menos é o que constatam Ford Prefect e Arthur Dent em mais uma desventura pelo espaço. Cheio de flashbacks e flashforwards (nossa, que saudade de Lost), a continuação de O Guia do Mochileiro das Galáxias é ainda mais engraçada do que o primeiro. O ponto alto é quando Zaphod Beeblebrox encontra o Homem que rege o Universo. Adams é o tipo de cara que não tem medo de ir fundo numa idéia, por mais desconexa que ela pareça com a história. Tudo rende pensamentos cabulosos.

Depois de ler o livro, a sensação que fica é de que a vida é ridiculamente simples. E Douglas Adams parecia ter total consciência disso. Penso que era um sujeito iluminado. Por outro lado, não é possível entender tanto e não ser um bocado triste. Vai ver que é por isso que seu coração parou ao 49 anos. Não havia mais nada para saber.

Por que a resposta do Universo é 42? Não me contem...quero terminar de ler a série para descobrir.

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