terça-feira, 5 de junho de 2007

Amor é assim, alegria, tristeza, tudo repetição do mesmo princípio...

O fim de semana durou um ano. Estreamos no último sábado (dia 2) e tudo era extremamente reluzente. Divulgação a postos, como nunca havia sido feita antes em dois anos de peça. Apostamos alto, angariamos fundo, entramos para mudar o jogo. E estávamos exaustos sim, mas a expectativa era muito maior do que todo o resto. As luzes afinavam, enquanto a maquiagem preenchia as imperfeições e a caneta deslizava nas costas do ator.


Não era a primeira vez, sabemos, estamos calejados, vividos de Amores e ainda assim, crus, porque cada segundo é novo quando se está jogando. E no meio de todas aquelas sensações repetidas, você entende o porque continua fazendo isso sem ganhar um tostão, se desdobrando em dois trabalhos, querendo sempre ir além. Queríamos um prêmio? Ganhamos. Queríamos temporadas? Conseguimos. Queríamos ir pra São Paulo? Cá estamos. Difícil não ficar feliz com o que conseguimos, difícil também querer parar por aqui, achar que está bom. Nunca está. Se deu alguma coisa errada? Sempre dá. Cabeçadas no escuro, nervosismos à parte, cenas ralentadas, e vamos seguindo. A graça é ir consertando as imperfeições, buscando aquilo que não existe.

Talvez fosse só paixão...

A taça levanta, os panos vermelhos prendem, o guarda-chuva abre. E no fim as palmas, as críticas, as risadas no camarim de alívio. No dia seguinte começa tudo de novo. Estamos em cartaz. Passa lá.

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